quarta-feira, 14 de outubro de 2009


Nos trilhos do tempo



“Os velhos trilhos me esperam fiéis.


Dúbios sentimentos esse lugar provoca.


Emoções inexatas, vagas ...


Uma busca por mim.


Andando nos trilhos, dispersa.


Braços abertos ...


Sensação boa de estar indo ao encontro


De possibilidades viáveis e futuros possíveis.


Beleza bucólica,


Que me deixa embevecida


Como se vislumbrasse os portões do Éden.


Aqui jamais sou figurante ...


Faço parte desse mundo.


O silêncio grita o nome da “miúda”


De fita no cabelo, protegida na forte mão do pai.


E as lembranças de cenas disformes


Querem espanar a poeira


De um passado que sempre estará impregnado


Na retina dos olhos ...


Que hoje olha a cena


Sentindo os efeitos do vento


Nos cabelos já sem fita.


Brisa que arrepia como beijo na nuca ...


Realidade estridente,


Que faz o passado tanger o futuro ...


E traz à consciência minhas verdades.


O céu tingido de laranja, a grama na sola dos pés.


Aqui será sempre minha casa ...


A força sempre estará na mão do meu pai.


Aqui serei sempre menina ...”


Gloria Salles

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